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Explosões matam 103 pessoas em cerimônia no Irã a Oassem Soleimani, general falecido pelos EUA
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Há quatro anos, Soleimani foi assassinado por um drone militar dos Estados Unidos, em operação comandada por Donald Trump. Procissão planejava homenagear o general junto ao seu túmulo.
- Por Camilla Ribeiro
- 03/01/2024 13h26 - Atualizado há 9 meses
Nesta quarta-feira (3), duas explosões resultaram na morte de 103 pessoas que participavam de uma procissão para o túmulo de Qassem Soleimani, o general iraniano falecido em um ataque de drone dos Estados Unidos em 2020, no Irã.
Outras 140 pessoas ficaram feridas, de acordo com os serviços de emergência do Irã.
Como autoridades locais, o grupo iria prestar homenagem pelos quatro anos da morte de Soleimani, ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, sendo uma figura de grande influência no país quando morreu, em 3 de janeiro de 2020.
O governo iraniano classificou a explosão como um atentado terrorista e disse se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas misturadas a multidão.
Até a última atualização desta notícia, nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo ataque.
Ahad Vahidi, ministro de Interior iraniano, assegurou uma "resposta retumbante" em relação ao suposto ataque.
A mídia local relatou que as explosões aconteceram em uma rua a caminho do cemitério onde Soleimani está sepultado, na cidade de Kerman, localizada na região central do país.
Conforme os relatos iranianos, a primeira explosão ocorreu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano.
Jornalistas locais também disseram que ainda havia vários corpos dispersos na área.
O falecimento de Soleimani, reconhecido como um herói nacional no Irã, resultou uma onda de indignação no país contra os Estados Unidos.
Na época, o general era o líder de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, considerado como um dos homens mais poderosos do local.
Ele foi morto por um ataque com drones no Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque, onde Soleimani se encontrava com uma comitiva.
Essa operação secreta foi autorizada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na ocasião, o Pentágono, responsável pelo o ataque, justificou que Soleimani estava envolvido nas mortes de soldados norteamericanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques por parte do Irã.
Depois do ataque, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, comprometeu-se com vingança e disse que "redobraria" a "resistência" contra os EUA e Israel.
Desde então, o governo iraniano tem ampliado o suporte e os recursos destinados a organizações que se posicionam contra Israel, como o Hamas e o Hezbollah.
Ao falecer, ele estava à frente da Força Al Quos, a unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, por 15 anos, considerado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.